Super Bock, sem cerveja, Super Rock

Este ano, contrariamente aos outros todos, resolvi ir ao festival Super Bock Super Rock (SBSR). Tirando os festivais de Paredes de Coura nunca fui a SBSR, Zambujeira, Rock in Rio, Alive… Cá é só mesmo o festival de Paredes de Coura (e é quando posso!) e de vez em quando, lá para Setembro, a festa do leitão em Águeda (isto também se estou por lá!)!
Confesso que fui só para ver e ouvir os “The Killers”! Quanto ao resto não posso dizer nada porque pouco conheço!
No início, quando cheguei ao estádio do Restelo até achei que a coisa estava bem organizada…
O pior ainda estava para vir. Eu e a minha companheira de armas, tal como é da praxe, “e vai uma jola?”, “claro”. E lá tive as duas “jolas”… E com direito a factura! Não vá um senhor da ASAE reclamar pelas facturas das cervejas num festival…
O pesadelo começa logo a seguir… Não sei se foi de estar a ouvir Belinda Carlile ou se foi mesmo por precisar de ir a uma casa de banho (WC para ser mais rápido a escrever!). “Então mas isto só tem estes mamarrachos minorcas nojentos como WC’s?”. Deparo-me com uma fila enorme, e logo para aquelas coisas nojentas de plástico que mais parecem ter vindo do “toy’re’us” para os paizinhos educarem as criancinhas a usarem os wc’s. Não percebo porque é que ainda se usa aquilo, e não percebo ainda qual o modelo (de “gente”) que usaram no fabrico daquelas coisas. De certeza que não foram de pessoas normais… Imagino os pobres dos gordinhos cada vez que lá entram… Ainda por cima com todo o alarido que fazem em relação à gripe A, é impossível entrar lá dentro e não tocar em nada… Hoje em dia já há uma espécie de pré-fabricados que se assemelham muito a um WC normal e não percebo porque continuam a usar aquilo… Enfim… O outro aspecto ainda relativamente aos WC’s tem a ver com o número. Se não me engano, e contando também com os poucos que existiam tanto femininos como masculinos no estádio (cujas filas eram ainda mais intermináveis…). Contabilizam-se cerca de 40… O que para um festival com 30.000 pessoas parece pouco… Mas o que irrita ainda mais… Supostamente era um “festival de cerveja”. Acho que não é preciso ter nenhum grau académico para se saber que quando se bebe cerveja a probabilidade de ir ao WC é maior…
Há outro aspecto que não compreendi bem neste festival (e nos outros deve ser a mesma coisa)… As criancinhas… Ainda não sou mãe, mas o último sítio ao qual levaria um filho meu… Seria a um festival de rock… Acho que há sítios para adultos e sítios para crianças, e um festival de rock não é propriamente um sítio para crianças…
Agora vem a questão dos “morfes”! Ora, teoricamente, as pessoas normais jantam… Ou melhor, é natural uma pessoa ter fome num intervalo de quase 7/8 horas. Não cheguei a contar as barraquinhas, mas também para 30.000 pessoas eram muito poucas uma vez que as filas para o que quer que fosse eram intermináveis…
Depois do cachorro do “Psicológico” e após a jura de não beber cerveja (ou outra porcaria qualquer) durante o festival inteiro… Começaram os “The killers”! Adorei o concerto! Deu para esquecer (por umas horas!) a péssima e miserável organização do festival! Começaram com “Human”, deixaram-me sem fôlego com “Mr. Brightside” e “All these things that I’ve done”, e terminaram em grande com “When you were young”. Espero que voltem a Portugal, mas nunca mais num SBSR! É que aquilo foi mais um festival “Super Bock, sem cerveja, Super Rock”!