terça-feira, julho 26, 2005

O Renascer de um Sonho

Às vezes sentimos que tudo acabou, que morremos por dentro quando um sonho termina. Sentimos que tudo à nossa volta deixa de fazer sentido. Que todos os nossos objectivos por muito pequenos que fossem, são anulados por um grande sonho que vemos cada vez mais longe de ser realizado.
Temos todo o tipo de sonhos, e existem uns que não dependem de nós e outros que dependem única e exclusivamente do nosso empenho. Aos que não dependem de nós, apenas podemos fazer o melhor que conseguimos e verificar se somos correspondidos ou não. Nada nos trás mais felicidade que ser correspondido, mas se não o somos, cada vez que alimentamos esse sonho aniquilamos cada vez mais a nossa felicidade.

A partir do momento em que somos consumidos pela infelicidade o sonho passa a pesadelo. O nosso amor-próprio deixa de existir, sentimo-nos cada vez mais inferiores a tudo o que nos rodeia, e tudo deixa de fazer sentido. Não podemos ressuscitar o sonho no pesadelo, mas podemos fazer com que nasça um novo sonho.

Tomamos os sonhos relativamente a alguém, como algo unidireccional, estando nós numa extremidade e a outra pessoa noutra. E como se essa pessoa tivesse um peso brutal em tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, independentemente de o saber ou não.

Se aos poucos começarmos a dar valor a tudo o que nos rodeia, a todos os outros independentemente de conhecidos ou desconhecidos. O sorriso de uma criança, o olá de uma velhota, o piropo de um trolha, mas acima de tudo, sobrevalorizarmos cada vez mais todo o carinho e amor, condicional ou não, de todos os nossos amigos ou conhecidos. Observamos cada vez mais o sonho a deixar de ser unidireccional, e apontar, com as devidas proporções para muitas direcções. Cada vez mais vemos a nossa felicidade a ressurgir, tudo aquilo que sentimos por nós próprios a aparecer, e aí apercebemo-nos que vivemos um pesadelo/ilusão em vez de um sonho. Passa assim a nascer outro sonho, outra vontade de viver outra dinâmica! Um renascer de um sonho.

Será que daqui surgem algumas ideias???

Inês és preciosa demais para te aniquilares por um sonho!!!

Beijinhos da Pipinha

segunda-feira, julho 25, 2005

O fim não tem tempo, é facil morrermos quando esta tudo acabado"

Morrer não é só quando deixamos de respirar e os olhos se fecham e ninguém nos ouve... morrer é mais que isso, é mais que um corpo e uma alma...que acaba a cada minuto quando se sofre por algo que nos atormenta e queremos muito...é quando vamos num autocarro apinhado com vidros embaciados, colados uns aos outros e nem isso importa.. porque esta tudo acabado sem ter um tempo.. e com um fim. A palavra acabado por si só, arrasa nos porque sabemos que a partir daquele momento tudo acabou, morrer para nós e só para nos.. é o nosso momento de morrermos por uns instantes. Morrer não implica uma morte física, implica sabermos dentro de nós que tido vai para alem disso vai ate a alma que morre a cada instante ..a cada minuto no nosso relógio desconcertado pela dor, por um fim, por uma chama que se apaga porque simplesmente acabou tudo, o sonho... principalmente o sonho de queremos tanto, que se calhar é feito de breves nadas . De repente sentimos nos a sufocar e queremos muito ser como bolhinhas de sabão que sem destino partem e rebentam não sabemos onde , em que sitio e mesmo rodeadas por outras bolhas de sabão morrem sozinhas, sufocam sozinhas... Morrer para acordar todos os dias ...conseguindo ultrapassar o maior desafio do mundo, compreender o ser humano na sua totalidade , esse sim um grande desafio que constantemente nos põe a prova e quando não conseguimos , morremos. Aqui o termo utilizado para a morte não tem a ver com o sentido que estamos habituados a dar morrer..enterrar... deixar de existir.. não morremos quando deixamos de conseguir ser nos próprios ...quando sofremos...mas também cada vez que morremos temos de renascer outra vez ...e por isso o fim não tem um tempo ... Desculpa Pipa não te pés nem cabeça mas foi o que senti neste momento sem pensar no que estava a escrever peço desculpa por estar a dar cabo do blog lol mas as palavras nem sempre tem de ter um sentido basta sentir as metáforas beijinhos anjinho Inês

segunda-feira, julho 18, 2005

Fronteira entre o sonho e a realidade

Por vezes acordo com a sensação de ter tanto para fazer e apenas ter feito 1/3, sentir ainda por me realizar a todos os níveis. Mas em contra-partida todos os dias tenho um sonho diferente. Um sonho que me vai transportando para outras realidades, e o sonho desta realidade momentânea passa a ser outro de outra realidade. Porque é que não conseguimos inserir um sonho na realidade? Ou viver a realidade num sonho? Se tentamos inserir um sonho na realidade sentimos que há algo sempre a fugir, algo que não é 100% realizável. Mas se vivermos a realidade num sonho tanto nos podemos sentir realizados ou então ridículos… Dado que tudo é relativo, onde está a realidade que nos fará vibrar ainda mais e viver mais intensamente? A realidade que sonhamos e que hipoteticamente nunca alcançaremos. Será que algum dia chegaremos a alguma vizinhança dessa realidade, ou apenas damos valor aos tempos vividos já fora de prazo?
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