sexta-feira, dezembro 23, 2005

Pensamento do dia

A TVI só desvendou ao país quem matou o António no último episódio da telenovela... Será que se o Ministério Público funcionasse tão bem não haviam falhas no segredo de justiça?

segunda-feira, dezembro 19, 2005

A minha prenda de Natal!!!

Hoje estava para aqui a pensar numa prenda de Natal ideal (caso o Pai Natal existisse)!!! Claro que para além de sonhar que me desse a solução do EuroMilhões e sonhar com as coisas mais fúteis que existem à face da terra, excluindo uns livritos, uns CD’s, uns DVD’s e já agora uns quadros dos meus pintores preferidos (René Magritte, por exemplo). Não podia ser tão egoísta, o país está em crise, a nossa economia precisa duma dose dupla ou tripla de viagra, há que pensar no resto da malta!!!
Tive então uma ideia brilhante, já que o Pai Natal não existe, vamos imaginar que os Deputados, Ministros, Presidentes de Partidos, Economistas, Administradores, Banqueiros e os Presidentes de uma porcaria qualquer, eram pessoas decentes e davam uma prenda ao país. Esta prenda não consistia nada mais nada menos em abdicarem do seus ordenados rechonchudos (e claro os respectivas ou respectivos, esposas ou namoradas ou namorados, para não haver batota!), e durante dois ou três meses viviam do ordenado mínimo nacional. Pagavam contas de casa, educação de filhos, alimentação, transportes, etc, com esse ordenado! E claro, o que sobrava dos ordenados, isto é, o que sobrava da diferença entre os seus ordenados reais e o ordenado mínimo nacional, servia para pagar a OTA e o TGV, já que suas excelências ficam tão excitadas com betão (imagino se fosse outra coisa!!!). Assim poupavam o país de apertar o cinto (já que o país somos nós e suas excelências não faço ideia daquilo que são…) e matavam dois coelhos duma cajadada! Sabiam pelo menos o custo de vida real, o quanto custam para nós as opções estúpidas que tomam, e para além disso aliviavam (ligeiramente...) o país de extravagancias!!!
Isto é que era uma prenda de Natal à maneira!!! Pelo menos ganhávamos políticos com cojones, antes de fazer disparates pensavam duas vezes!!!

domingo, dezembro 18, 2005

Tudo


Tudo se cruza.
Tudo tem razão de ser.
Tudo tem razão de acontecer.

Tudo se encontra num ponto.
O ponto que domina a nossa vida.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

A Campanha e as Mulheres

Nesta campanha para as eleições presidenciais, uma das coisas que me está a meter profunda repulsa é quando os candidatos se referem apenas às mulheres. Não compreendo o porquê de um ou uma mandatária para as mulheres. Por muito boas intenções (ou más) que tenham, acho horroroso, pimba mais pimba não há. E porque é que não há um mandatário para os homens? Já agora, porque não um mandatário para os católicos, para os maçónicos, para os da opus dei e mesmo para os homossexuais e lésbicas. Isto soa-me sempre a uma perfeita hipocrisia… Não sei se sou eu que estou mal e só eu é que estou rodeada de pessoas com um QI ligeiramente acima da média… Na realidade podemos estar ainda naquela época em que as mulheres estudam, tiram licenciaturas (ou não), para depois servirem apenas para ser boas donas de casa e mães exemplares. Sem direito a realizar-se profissionalmente e pessoalmente. Pode ser que isto ainda esteja assim, e eu é que ainda não me apercebi e já vejo mudanças. Não compreendo como é que em pleno século 21, ainda se sigam as directivas dum padre qualquer merdoso mais castrado psicológico que outra coisa…
E mais, se somos todos eleitores à partida, as campanhas deviam ser assexuadas. Não interferir o facto do eleitor ser homem ou mulher. Isto em caso mais extremista faz-me lembrar a escravatura. Por acaso, as mulheres votam, e por acaso ainda são escravas duma pseudo-sociedade… Têm ainda de obedecer a umas pseudo-regras impostas pelo facto de terem nascido mulheres… E o que me choca é que revertem esta espécie de abolição de escravatura da forma mais ridícula possível imaginária. Cria-se um canal de televisão que é pseudo-virado para as mulheres, e agora os candidatos a presidentes da republica viram-se para nós como se por acaso fossemos gente.
Tenho a sensação que nos tratam como se vivêssemos à margem da sociedade, mas na realidade somos nós quem parimos!!! Pode ser que quando a lei do aborto for aprovada tenham mais tento na bola e lembrem-se que só nascem se nós quisermos!!!

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Putas ao poder que os filhos já lá estão todos!!!

Uma das situações que tenho observado ultimamente tem sido o facto dos políticos fazerem apenas carreira na política e não noutra coisa qualquer. Mal saem da faculdade vão logo para deputados (ou uma outra porcaria qualquer dentro dum partido…) e procuram subir na política. Na realidade não conhecem mais nada se não o meio político. Não sabem o que são os problemas reais do país. Não fazem puto de ideia de como funciona uma entidade privada ou mesmo pública. Não sabem sequer o que é ter problemas financeiros. Apenas sabem ser políticos, apenas sabem falar. Vivem num mundo de “Alice no país das maravilhas”, completamente desfasado do mundo real, dos problemas reais.
O problema desta esquizofrenia é que apenas a nós nos diz respeito. Se tomam directivas erradas, mal pensadas e mal elaboradas, quem se lixa somos nós. Aposto o quanto quiser que num ministério (principalmente naqueles que englobam mais fundos), 80% do tempo seja a resolver problemas políticos e os restantes a tentar ou resolver os problemas reais.
Neste momento em Portugal acaba-se por viver uma situação de estagnação, e cada vez se vai tornar pior. Estamos entregues a pessoas que não fazem ideia de como governar, e acabam por ir para a política porque não têm jeito para mais nada. No fundo acabam por ser uma espécie de prostitutas. Isto é, vão trabalhar para uma coisa da qual não fazem ideia. Governam um país que não conhecem. Chupam as pessoas até não poder mais. Peço desculpa às prostitutas, por esta ofensa… Porque é mas digno sê-lo do que deputado ou mesmo ter qualquer cargo num partido qualquer…
Plagiando uma frase que foi usada durante as lutas contra a PGA… Putas ao poder que os filhos já lá estão todos!!!

terça-feira, dezembro 13, 2005

Mentirosos de Nós Próprios?

Vaguei-o nas palavras e sinto um vazio. Procuro a palavra exacta para descrever o que sinto e o termo certo não aparece. Acabo por passar atestados de atrasada mental a mim própria por me faltarem sempre as palavras que ficam por dizer. Os sentimentos que ficam por sentir. Apenas fica a razão que dá sentido ao meu viver e não ao meu sentir. Viver numa fachada de felicidade para não voltar a sofrer. Viver uma realidade que não corresponde àquela que sinto. O que é o sentimento, o que é a razão, qual subsiste?
Uma vida a acreditar no sentir leva à loucura, leva a que criemos no nosso imaginário aquele mundo que sempre sonhamos e nunca alcançaremos. Uma vida a acreditar na razão leva a pressupor que conseguimos atingir os nossos objectivos. Porquê a necessidade de nos mentir-mos a nós mesmos a todos os instantes? De construir formas de sentir, formas de vida diferentes e acreditar ou desacreditar no que hipoteticamente é melhor para nós? Será que somos realmente felizes? O que é realmente a felicidade? No mais íntimo do nosso ser será que nos questionamos a todo o instante do quanto relativo é a nossa felicidade? Do quanto o aparecimento de mais referenciais nos destrói a aparente felicidade? Será que somos todos impostores e mascaramo-nos a nós mesmos de uma pseudo-felicidade inculcada seja por educação ou seja lá pelo que for?
Qual é a origem do referencial para a felicidade? Qual o ajuste que fazemos à nossa realidade? Vivemos uma realidade, uma farsa, onde a arma de defesa mais próxima é a mentira que fazemos a nós mesmos? Porque é que não temos a hipótese de viver simultaneamente várias vidas dentro da nossa própria vida para podermos concluir que aquilo que estamos a fazer está correcto ou não? Porque é que as opções que tomamos não dão para verificar as duas faces da moeda? Porque é que não temos direito a verificar a evolução temporal de todas as atitudes e directivas que tomamos, e comparar com o “e se fosse assim, ou de outra maneira?”. Será que somos uma farsa de nós próprios? Será que a forma como nos vemos é a correcta? Será que aquela que queremos transmitir nos traz alguma coisa de útil? Como somos na realidade? O que é que nos afugenta dentro de nós e que nos obriga a esconder no nosso interior? Porque somos mentirosos de nós próprios?
/body>